terça-feira, 29 de setembro de 2015

Para PSDB, está na hora de governo pagar pelos erros


Rio de Janeiro Os principais nomes do PSDB afirmaram em programa na noite de ontem em rede nacional de rádio e televisão que o PT e o governo enganaram os brasileiros e que está na hora de o partido adversário "pagar pelos seus próprios erros", segundo palavras do senador José Serra (PSDB-SP).
"Nós avisamos: está entrando água no barco, pode afundar. Mas o PT se fez de surdo, não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a eleição Acho que está na hora de o PT pagar pelos seus próprios erros", afirmou Serra.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a gestão de Dilma "está derretendo". Para FHC, que já defendeu a renúncia da petista, "está na hora de a presidente ter grandeza e pensar no que é melhor para o Brasil e não para o PT".

O presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), disse que a realidade "foi escondida dos brasileiros". Para ele, "prevaleceu sempre a mentira, tudo apenas para vencer as eleições", mas, ressalvou, "é dentro das regras democráticas que nós queremos e nós iremos lutar".

De acordo com o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, "o Brasil não pode ficar parado por mais três anos". "O Brasil vive hoje uma das piores crises de sua história. E o governo do PT escolheu o pior caminho para enfrentá-la: aumentou impostos e juros, piorando ainda mais o drama do desemprego", disse Alckmin.

A propaganda traz críticas à recriação da CPMF, anunciada pelo governo federal como medida para equilibrar o orçamento do próximo ano. O vídeo mostra uma imagem da presidente Dilma Rousseff, durante as eleições, afirmando que não pensava em recriar o imposto "porque não seria correto" e que a contribuição era um "engodo".

Aécio, que perdeu a última eleição para Dilma, diz que a crise será superada "quando a verdade substituir a mentira e a competência voltar a conduzir os destinos do País".

Segundo ele, a presidente transfere o custo dos seus erros para as famílias e os trabalhadores brasileiros".

Refém do Congresso

Durante encontro do PSDB no Rio, Aécio Neves disse que o governo federal é "cada vez mais refém da semana seguinte" e criticou as negociações da presidente Dilma na reforma administrativa. A presidente ofereceu dois ministérios ao PMDB da Câmara, o da Saúde e outro decorrente da fusão das pastas da Aviação Civil e Portos. Para ele, a petista "se entrega aos aliados" em troca de "20 ou 30 votos".