A seleção brasileira manteveo 100% de aproveitamento na nova era Dunga ao vencer por 3 a 1 a França ontem (26) em pleno Stade de France, em Paris, onde foi disputada a final da Copa do Mundo de 1998.
O grupo segue nesta sexta-feira (27) para Londres, onde enfrenta o Chile, no Emirates Stadium (Arsenal), no domingo (29). Os dois jogos na Europa são os últimos antes da convocação para a Copa América, que será realizada no Chile entre junho e julho.
Neymar, Oscar e Luiz Gustavo marcaram para o Brasil, e Varane fez o gol dos donos da casa. Além de manter o aproveitamento positivo, o time brasileiro derrubou a invencibilidade de seis jogos da França desde a Copa.
O jogo foi equilibrado no primeiro tempo, mas no segundo o Brasil foi bem superior. Debaixo de um frio de 6ºC, o time brasileiro mostrou controle de posse de bola e capacidade ofensiva com Oscar e William no meio e a dupla de ataque Neymar e Roberto Firmino, mas encontrou um pouco de resistência na defesa bem montada pelo técnico francês, Didier Deschamps.
Virada
Aos seis minutos, a França deu o primeiro susto: Jefferson, que venceu a disputa com Diego Alves pela titularidade, salvou cabeçada de Benzema cara a cara. E numa cobrança de escanteio, aos 21, Varane subiu sozinho e marcou para a França.
A seleção brasileira empatou com Oscar aos 39, num chute de bico, após boa tabela com Firmino. A virada veio com Neymar, aos 12 do segundo tempo, ao receber uma boa bola de William do lado esquerdo e marcar quase sem ângulo. O mesmo William cruzou para Luiz Gustavo fazer o terceiro pouco depois, aos 23 da etapa final.
Com o entrosamento entre Filipe Luis e Oscar, parceiros no inglês Chelsea, o lado esquerdo da seleção funcionou bem mais do que o direito.
Homenagem
Antes do jogo contra o Brasil, os franceses homenagearam Thierry Henry, Zinedine Zidane, Patrick Vieira e Desailly, por terem feito mais de 100 jogos com a camisa da seleção. Maestro do time campeão do mundo de 1998, Zidane foi o mais aplaudido pelos torcedores presentes no Stade de França.
Dunga evita falar em revanche
Em entrevista depois da vitória por 3 a 1, Dunga estava sereno após a demonstração de força de seu time no Stade de France. Frisou em vários momentos não ter encarado o choque como uma revanche em relação ao 3 a 0 da final da Copa de 1998, mas sim como um desafio por enfrentar uma equipe forte. "Não vejo como uma revanche, mas é sempre positivo ganhar de uma seleção forte como a da França", afirmou, tirando o peso da derrota do passado.
"O que passou, passou. Criar uma atmosfera além do necessário acaba atrapalhando. O jogo contra a França fala por si, com grandes campeões de cada lado. Se colocar uma carga maior, acaba tendo efeito contrário".
Segundo o técnico, além de enfrentar um adversário forte, bem postado, a seleção brasileira ainda teve de enfrentar a falta de entrosamento, já que estava há três meses sem treinar.
Dunga também não entrou em avaliações individuais, limitando-se a citar nomes, como o de Roberto Firmino, que estreou como titular.