O Reservatório de Funil, em Itatiaia, no Sul Fluminense, atingiu, no sábado (24), o nível mais baixo da história. É desse reservatório que sai água para a Usina Hidrelétrica de Funil, responsável por parte do abastecimento de energia de Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em apenas um dia, o volume do reservatório caiu de 4,15 % para 3,49% de sua capacidade. Esse é o menor nível do reservatório desde que ele começou a operar, em1969.
Com esse nível, a água fica perto do chamado volume morto, em que o reservatório fica impossibilitado de gerar energia. O Reservatório de Funil fica numa região estratégica, onde há várias indústrias, entre elas a Companha Siderúrgica Nacional (CSN), e é responsável por gerar 216 megawatts por hora de energia.
Na quarta-feira (21), o nível do reservatório de Paraibuna, o maior de quatro que abastecem o estado do Rio de Janeiro, atingiu o volume morto pela primeira vez desde que foi criado, em 1978. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a usina hidroelétrica foi desligada após o nível atingir zero.
O volume morto é a água que está abaixo do nível das comportas e precisa ser puxada por bombas. O do reservatório de Paraibuna tem 2 trilhões de litros de água e, segundo especialistas, duraria de seis meses a um ano.
Segundo a Secretaria Estadual do Ambiente, não haverá mudanças no abastecimento para a população do estado e o racionamento a curto prazo está descartado, mas os moradores terão que colaborar, economizando água.