Fotos de um policial militar ambiental com mulheres nuas e seminuas pipocaram no WhatsApp, o aplicativo de mensagens instântaneas para celular, nesta semana. Nas imagens, o militar posa fardado ao lado das mulheres em uma viatura da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP). A reportagem entrou em contato com a PMESP nesta quinta-feira e, nesta sexta, a corporação informou que o militar envolvido já foi identificado. Ele responderá processo exoneratório e corre risco de ser expulso.
De acordo com informações, o militar seria lotado no 3º Batalhão de Polícia Ambiental, que atende cidades do litoral do estado paulistano. A reportagem enviou as imagens para a PMESP, que iniciou um processo de apuração para identificar o envolvido nesta quinta-feira. No entanto, já na manhã desta sexta-feira, a polícia de SP disse que a viatura do policiamento ambiental envolvida no episódio já foi identificada, bem com o policial que aparece nas fotos. A identidade do militar, no entanto, não foi divulgada.
De acordo com a PMESP, um procedimento disciplinar irá analisar a conduta do militar. Nesta quinta, a PM já tinha adiantado que ele responderia a um processo administrativo exoneratório que poderia acarretar sua expulsão da instituição, caso fosse identificado nas imagens.
Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo reafirmou seu "compromisso com a ética e a responsabilidade, condenando qualquer tipo de conduta que viole os valores institucionais e comprometam a qualidade dos serviços prestados à sociedade paulista". A PMESP também disse que "não compactua com atos como os apresentados nas fotos".
Esta não é a primeira vez que um militar aparece em fotos desse tipo. Em abril de 2013, a coluna "Justiça e Cidadania" divulgou fotos de orgias realizadas por um cabo do Corpo de Bombeiros no quartel de Nova Iguaçu, cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Na época, o cabo e um sargento que permitiu a festinha, com direito a fotos na escada magirus e a estripulias em uma viatura, foram denunciados pelo crime de pederastia no Código Militar, com pena de seis meses a um ano de detenção.