Jogão! Assim foi o confronto entre o último campeão e vice-campeão do mundo na Copa do Mundo no Brasil. Na Arena Fonte Nova, Xabi Alonso abriu o placar com cobrança de pênalti indefensável. Mas a Holanda correu atrás. Van Persie encobriu Casillas de cabeça após passe primoroso de Blind. Esse foi o primeiro tempo. Na segunda etapa, o lateral-esquerdo dessa vez encontrou Robben. O carequinha do vice fez jogada de atleta campeão. Dominou com classe, deixou Piqué na saudade e balançou a rede. Incrível! O zagueiro De Vrij aumentou de cabeça. Casillas deu de bandeja o quarto para o holandês voador: Robin van Persie. Robben numa jogada de cinema decepou a campeã. Deu o vice no confronto dos últimos finalistas: 5 a 1 o país laranja.
O JOGO:
Sem o típico trio de ataque, a Holanda com três zagueiros deixou a Espanha tomar conta das ações do jogo. A estratégia era arriscada. Sneijder acertou o primeiro contra-ataque, mas, livre, parou em Casillas. A Espanha rondava e arrumou um pênalti aos 26 minutos para abrir o placar. Diego Costa foi malandro e cavou o toque. Xabi Alonso cobrou com perfeição e fez o primeiro da Fúria na Copa do Mundo.
A Holanda não mudou a postura. Deixou a Espanha fazer seu jogo, tanto que aos 42 minutos David Silva recebeu do gênio Iniesta e tentou encobrir Cilessen. Grande defesa. O gol perdido puniu o time de Vicente del Bosque. Um minuto depois, Blind lançou Van Persie da esquerda. O camisa 9 foi muito esperto e encobriu o goleiro Casillas que estava na linha da pequena área. Um toque fantástico de cabeça. Tudo igual.
A Holanda voltou com mais cara de Holanda, entretanto, sem abdicar dos três zagueiros. Ao roubar a bola da Espanha no seu campo de defesa, uma rápida troca de passes. Da direita para esquerda, Blind recebeu e lançou novamente. O alvo agora era Robben. O camisa 11 tratou a redonda, botou Piqué para dançar e balançou a rede com a canhota.
A Espanha sentiu e não jogou mais. Fernando Torres entrou no lugar do vaiado Diego Costa, Pedro na vaga de Xabi Alonso. Nada se alterou. A não ser o placar. A vontade de gols da Holanda aumentou. Falta no lado esquerdo da área. Sneijder cruza, Casillas caça borboletas. O jovem De Vrij faz gol. 3 a 1!
Ainda dava tempo para mais. Aos 27 minutos, Casillas recebe um recuo de bola tranquilo. Ao tentar dominar a redonda, a bola escapou. Van Persie estava perto e foi conferir. Roubou a bola do atrapalhado goleiro e empurrou de biquinho. Era o quarto!
Sete minutos depois mais um duro golpe. Sneijder lançou de trás do meio-campo para Robben. Sergio Ramos estava mais próximo, mas quem ganhou a corrida foi o careca, que já chegou na bola girando em cima de Casillas e estourando a gaveta da Espanha. Golaço!
Gol que fechou a goleada, que pela postura inesperada e esquisita da sempre segura Espanha, poderia ser bem maior. Para completar, Fernando Torres ainda perdeu um gol sem goleiro, pois preferiu dar um drible em cima da linha. Ficou feio demais para a Fúria. Curiosamente a última goleada sofrida pela Espanha havia sido em 1950, no Brasil, para a Seleção Brasileira: 6 a 1.