O governador de Roraima, Chico Rodrigues (PSB), decretou estado de emergência na área de saúde pública do estado. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde deste sábado (24), no Palácio Senador Hélio Campos, em Boa Vista.
Dentre as mudanças geradas pelo decreto, está a criação do Gabinete de Monitoramento da Situação Especial de Emergência (GMSEE) e do Grupo de Trabalho Multissetorial (GTM), que ficará responsável pela elaboração de um plano que recupere e garanta a saúde pública no estado.
De acordo com Chico Rodrigues, o decreto deve reverter a situação de Roraima. "Eu acredito que, com essa providência e com a constituição dos dois mecanismos [GMESEE e GTM], teremos agora de uma forma ordenada um acompanhamento, a fiscalização e um controle mais eficiente da saúde pública no estado", alegou.
Sobre a entrada de recursos do governo federal para atender o estado de emergência, Rodrigues disse que antes da captação de recursos, o estado deverá conter gastos e fiscalizar a aplicação do dinheiro público.
Segundo o governador, após a instalação do estado de emergência, a população poderá ser beneficiada com melhorias na saúde. Ele afirmou que as mudanças poderão ser sentidas em até 30 dias.
"Espero que antes desse prazo já tenhamos minimizado os efeitos negativos, principalmente os relacionados a internações", disse, acrescentando que a expectativa é ter convênio com o Hospital da Mulher e Lotty Íris para oferecer mais 140 leitos à população.
Decreto
O decreto que formalizou o estado de emergência foi publicado no diário oficial dessa sexta-feira (23). Conforme o documento, a decisão foi tomada após a Comissão de Orçamento, Finanças e Administração (Cofa) identificar dívidas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) junto aos fornecedores, o que impediria o abastecimento das unidades hospitalares de Roraima.
Outros motivos para o estado de emergência foram a solicitação de R$ 280 milhões da Sesau ao governo, a superlotação do Hospital Geral de Roraima (HGR), falta de remédios e o risco de desassistência à população que utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS).
Ainda segundo o decreto, a situação especial de emergência tem validade de 180 dias.
Fonte: G1 RR