O cabo da Polícia Militar Leandro Pino de Carvalho, de 36 anos, suspeito do assassinato da dentista Fabíola de Cunha Peixoto, de 24, se entregou, na tarde desta segunda-feira, na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca. Ele foi indiciado por homicídio qualificado.
Leandro se apresentou com o advogado e o pai, que é policial militar reformado. Segundo a polícia, ele alega que, desde a hora do crime, não se lembra de mais nada. Seu advogado contou aos policiais que o PM faz uso de remedios controlados.
Ambulância para medicar policial
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) acabou de chegar à delegacia, na tarde desta segunda-feira. Segundo o advogado de Leandro, ele está alterado e será medicado.
— Um médico do Corpo de Bombeiros está fazendo uma avaliação médica nele. Mais tarde, ele deverá ser levado para o presídio — afirmou o delegado Alexandre Herdy, da DH.
Morte após discussão
A jovem, namorada do policial, foi morta na madrugada deste domingo, na casa dele, em Olaria, Zona Norte do Rio. O delegado André Leiras, da DH, confirmou no início da noite deste domingo que a prisão temporária de Leandro por 30 dias já havia sido decretada.
Segundo o delegado, Fabíola foi morta com quatro tiros após uma discussão entre o casal. A briga foi motivada por ciúme. Antes do crime, Fabíola e Leandro estiveram no Pagode do Aquecimento, em Olaria. A mãe de Leandro, Norma Pinto, que estava na casa, tentou intervir, mas não conseguiu. Ela e Leandro fugiram do local após o crime. Mas Norma já foi localizada e prestou depoimento na DH. Segundo o delegado, o corpo de Fabíola apresentava lesões de defesa, como se a jovem tivesse tentando se proteger dos tiros.
Neste domingo, policiais da DH estiveram na casa do cabo, na Rua Eleotério Mota, e encontraram num armário trancado com cadeado R$ 63.420,00, quatro braceletes, um cheque de 200 mil reais e um laptop. O material foi apreendido e levado para a delegacia.
Os policiais também encontraram a caixa e a nota fiscal da pistola calibre 40, usada no crime, mas a arma não foi encontrada.
— Chama atenção um cabo da Polícia Militar ter todo esse material em casa — disse o Leiras.