O Ministério Público em Juazeiro do Norte entrou com ação contra o ex-presidente da Câmara Municipal, José Duarte Pereira Júnior (PSL) – conhecido como Zé de Amélia – e outras 27 pessoas. Elas são suspeitas de envolvimento num escândalo ainda maior que a “farra das vassouras”, que estourou na em agosto do ano passado e provocou a renúncia do então presidente do próprio Poder Legislativo de Juazeiro, Antônio de Lunga (PSC).
Os gastos questionados agora pelo Ministério Público chegam a R$ 1,5 milhão, conforme o promotor Silderlandio do Nascimento. Entre os itens adquiridos estariam 12 mil vassouras, sendo 6,1 mil de palha. No ano passado, as denúncias que levaram à queda de Antônio de Lunga envolviam gastos de R$ 63 mil com material de consumo, sendo 4,2 mil vassouras, 1,2 mil delas de palha.
Entre os denunciados por improbidade administrativa estão integrantes da Comissão de Licitação da Câmara no período de 2009 a 2010. As acusações vão de fraudes em licitações a superfaturamento na compra dos produtos.
O promotor Silderlandio do Nascimento informou que as investigações sobre esse caso agora revelado ocorrem desde outubro do ano passado. “Cheguei a Juazeiro em outubro e no mesmo mês instaurei a investigação. O principal alvo eram os gastos com publicidade, mas acabamos vendo que havia muito mais irregularidades do que imaginamos”, disse.
A investigação abrange a época em que Zé de Amélia era presidente, entre 2009 e 2010. Antes mesmo, portanto, da gestão de Antônio de Lunga.
Segundo o membro do Ministério Público, as irregularidades ocorriam na aquisição de materiais de consumo, serviços de assessoria, locação de veículos e até no Imposto de Renda.