“Amor à Vida” chegou ao fim na noite de sexta-feira (31) com média de 45 pontos de audiência e pico de 48, de acordo com dados prévios do Ibope. E parece que a torcida surtiu efeito. Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) selaram seu final feliz com o tão esperado beijo gay, inédito nas novelas da Globo (em 2011, o SBT exibiu um beijo entre duas mulheres em “Amor e Revolução”).
Na cena de “Amor”, Niko se preparava para ir ao trabalho e Félix se declarou, dizendo não viver mais sem seu “carneirinho”. Os dois trocaram um carinhoso beijo, que foi além de um simples selinho.
Como o penúltimo capítulo revelou quase todos os desfechos, as atenções se voltaram para os últimos dramas dos Khoury - a revelação de Pilar (Suzanna Vieira) e o final trágico de César (Antonio Fagundes) -, além da morte de Aline (Vanessa Giácomo).
Aline na cadeia
Vanessa Giácomo brilhou do início ao fim do capítulo, desde o momento em que assumiu para César seu plano de vingança até quando tramou sua fuga da prisão. Aline parecia outra personagem, com cicatrizes no rosto e um jeitão bem mais rude, devido ao tempo de cadeia. A morte da grande vilã de “Amor à Vida” era mesmo inevitável.
Félix e César dão as mãos no final do último capítulo
Antonio Fagundes também deu um show de interpretação ao viver os dias mais difíceis de seu personagem. A cena de reconciliação do médico e Félix foi muito emocionante. César chamou o rapaz de filho pela primeira vez e disse que o amava. Emocionado, o vilão mais querido da novela, chorou copiosamente e respirou aliviado. Pai e filho deram as mãos. Não poderia haver final mais apropriado. Mateus Solano dispensa comentários! Sensacional.
Mas nada foi tão comentado como o beijo do casal que roubou a cena na reta final do folhetim de Walcyr Carrasco. Durante todo o dia, telespectadores realizaram uma campanha #BeijaFelixENiko nas redes sociais. A exibição do beijo foi largamente comemorada na internet.
Mesmo tendo sofrido duras críticas da imprensa e do público durante a exibição de “Amor à Vida”, Walcyr Carrasco só tem motivos para celebrar. Afinal, ele fez história em sua estreia no horário nobre da Globo, emplacando, com sucesso, um casal gay em sua trama principal, com direito a beijo.
O que empolgou e o que não fez sentido
Cena da revelação de Pilar foi chata
A cena da revelação de Pilar não empolgou. Mesmo porque há tempos o autor deixou claro, através das falas da mãe de Félix que ela foi responsável pelo acidente de Mariah (Lucia Veríssimo).
Já o desfecho de Edith (Bárbara Paz) não fez o menor sentido. No capítulo anterior, a filha de Tamara (Rosamaria Murtinho) assumiu que sempre amou Félix e até pediu uma segunda chance, mas desistiu de dar um golpe do baú em Herbert (José Wilker) para viver ao lado de seu grande amor (?!), o copeiro Wagner (Felipe Titto).
Thales (Ricardo Tozzi) e Natasha (Sophia Abrahão) se casaram e ganharam mais espaço do que deveriam no capítulo final. O casal não convenceu e o escritor, surpreendentemente, teve um final feliz, mesmo depois de ter aprontado tanto.
Klara Castanho emociona em cena de Paulinha com Félix
A cena de Paulinha (Klara Castanho) e Félix, que se tornaram amigos, foi bem bonitinha. Assim, como o final romântico de Valdirene (Tatá Werneck) e Carlito (Anderson Di Rizzi). Em um momento mais engraçado, Elizabeth Savalla fechou com chave de ouro a trama de Márcia, dançando para Gentil (Luis Mello) como nos velhos tempos de chacrete.
Parêntesis: O índice do capítulo final de “Amor” foi menor do que o alcançado pela antecessora “Salve Jorge”, de Glória Perez, que obteve 46 de média.