A maneira que foi realizada a cobrança do pênalti e, principalmente a postura indolente após o erro que eliminou o Corinthians na Copa do Brasil, queimaram o filme de Pato com a diretoria corintiana, que mudou de opinião em relação à sua liberação na janela de transferência de janeiro de 2014.
O LANCE!Net apurou que os dirigentes do Timão chegaram a conclusão de que a falta de identificação do atacante com a torcida é algo impossível de ser corrigido e, apesar de não ser externado nos microfones, a maneira de agir diante de uma proposta do exterior será diferente da tomada no último dia antes do fechamento da janela de agosto.
Na ocasião, o Tottenham enviou uma proposta de 15 milhões de euros (R$ 45 milhões na ocasião), mas ouviu “não” do Corinthians, que agradeceu aos ingleses com o argumento de que o projeto estava apenas começando, com término previsto para 31 de dezembro de 2016, com fim do vínculo contratual com o clube.
Sob a coordenação do empresário Giuliano Bertolucci, influente agente internacional, os ingleses prometeram voltar em janeiro para levá-lo. Dirigentes corintianos, inclusive, ouviram que o valor da nova oferta será até maior, na casa de 20 milhões de euros. Se de fato isso acontecer, desta vez, a resposta será positiva.
A busca por um valor maior do que pagou ao Milan (ITA) se dá pelo fato de o clube ter liberado 40% dos direitos econômicos para o jogador na compra. O clube ficaria com nove dos 15 milhões investidos. A diretoria não descarta, porém, a possibilidade de Pato abrir mão de parte do valor que lhe cabe para voltar à Europa antes do fim do contrato.
A diretoria do Corinthians já teria até um alvo predileto caso consiga esse dinheiro: Leandro Damião. Atacante e dirigentes colorados não negam a intenção de liberação na próxima janela de transferência. Torcedor do Timão desde criança, o camisa 9 do Inter teria a identificação que Pato jamais teve no clube.
O presidente Mário Gobbi Filho não esconde a decepção com o desempenho do camisa 7 até agora:
– Pelo potencial que Pato tem, podia estar jogando muito mais. O fato é esse. As pessoas cobram mais de quem tem mais para dar. Pato tem o dom do futebol, dom muito grande.