- Eu estou curado, curadíssimo. Fiz uma palestra na terça-feira. A palestra foi linda, já voltei a trabalhar. Não vejo nada diferente. Muita gente fala que vai vencer, e a maioria não vence, mas eu vou. Não chorei em nenhum momento. Choro muito menos agora. É um tumor pequeno, grau 3, mas malvado. Se eu deixar, ele não sai. Mas não vou deixar. Mesmo que eu não consiga, eu vou tentar de todos os modos. Esse tumor pegou o cara errado mesmo – garantiu o ex-jogador.
Oscar já havia sido operado, em 2011, para a retirada de um tumor de grau 2 (na escala de 1 e 4). No entanto, em uma ressonância realizada durante o monitoramento periódico, foi constatado um novo aparecimento, agora em grau 3, o que exigiu a nova cirurgia. Ele reconhece que, apesar de pequeno, o seu tumor é perigoso, mas afirma que não se deixou abater.
Em quase quarenta minutos de conversa com a imprensa, foram inúmeras risadas. Nenhuma lágrima. Além da cicatriz na cabeça, Oscar diz que a única mudança em sua vida foi ter passado a rejeitar o gosto dos refrigerantes. Aos 55 anos, o ex-jogador se diz um “extremo otimista”. Desde a primeira cirurgia, passou a se preparar para outra grande emoção: a festa de inclusão de seu nome no Hall da Fama de basquete, em setembro, nos Estados Unidos. E, para isso, foi até Londres buscar seu terno para a celebração.
Agora, Oscar se dedica às palestras motivacionais que tem feito. Na última terça, retomou os trabalhos em uma faculdade de São Paulo. Já tem outra marcada para o próximo dia 10, em uma empresa. Costuma cobrar entre R$ 27 e R$ 40 mil, mas pensa até em aumentar. “É uma palestra de alguém que está lutando para não morrer, né?”, brincou. O Mão Santa garante: está pronto para tudo.
- Se tiver de abrir a cabeça 20 vezes, vou abrir.