Se você já ficou nervoso por se apresentar para um grupo de pessoas, imagine o que é cantar e dançar igual a Michael Jackson na frente de um monte de fãs.
"Quando cortina se abre e eu vejo a plateia olhando para mim, sinto um frio na barriga", diz Isacque Alexandre, 12, um dos garotos que interpretam Michael, o rei da música pop, em "Thriller Live". O musical está em cartaz no Rio de Janeiro e chega a São Paulo no dia 9 de maio.
Isacque foi um dos quatro selecionados, entre mais de 50 candidatos, para interpretar o astro na fase da banda Jackson 5 (grupo que reunia Michael, ainda criança, e seus irmãos).
"Quando as pessoas veem a gente, é como se o Michael estivesse ali", diz Pedro Henrique, 10.
Os meninos (dois paulistanos e dois cariocas) revezam-se nas apresentações: seis por semana, de quinta a domingo. Em razão das aulas, os de São Paulo só viajam ao Rio para os shows do fim de semana.
A rotina é puxada: eles chegam três horas antes do início para fazer aquecimento e se maquiar, colocar peruca e as roupas. Mas tudo vale a pena quando a cortina se abre. "Gosto quando tem mais pessoas, penso que elas querem me ver", diz Diego Jimenez, 12.
Isacque Alexandre, 12, do Rio de Janeiro
Dançarino há cinco anos, conheceu as músicas de Michael por meio do pai. "Aí comecei a ver vídeos dele e a tentar imitar."
Pedro Henrique Nóbrega, 10, de São Paulo
Já participou de outro musical, "Priscila, a Rainha do Deserto". "Michael fez parte da minha vida porque é uma das pessoas em quem me espelhei."
Diego Jimenez, 12, de São Paulo
Passou a curtir e a imitar Michael porque sua mãe é fã. "Quando canto e danço, formam uma roda em volta de mim. Adoro."
Felipe Adetokunbo, 12, do Rio de Janeiro
Desde os três anos, imita Alcione, Elis Regina e Erykah Badu. "Quando escutei 'Don't Stop 'til You Get Enough', do Michael, comecei a dançar. Não parei mais."