Depois de uma novela que demorou semanas e incluiu investidas de Internacional, Santos e até Fluminense, o Flamengo apresentou na tarde desta sexta-feira o seu principal reforço para este início de temporada. Na primeira entrevista, o meia Carlos Eduardo, que veio do Rubin Kazan (Rússia), assumiu a responsabilidade de conduzir a equipe e evitou qualquer comparação com o inimigo número 1 da torcida flamenguista Ronaldinho, que também foi revelado pelo Grêmio.
“Para mim, esta decisão de jogar aqui já vem de semanas junto com minha família e meu empresário. Acreditei no projeto do Flamengo e a conversa com o técnico Dorival Junior também foi muito importante”, disse o jogador, que vestiu a camisa 10 que pertencia a outro gaúcho até pouco tempo atrás, mas preferiu exaltar Zico.
“Todo mundo sabe quem é o Ronaldinho Gaúcho, é um cara que foi o melhor do mundo, um grande jogador, mas não tenho muito contato com ele. O momento agora é pensar no Carlos Eduardo e desempenhar meu futebol aqui no Flamengo. Desde o começo da negociação, para mim vestir a camisa 10 do Zico é uma honra. Tenho que trabalhar muito para honrar os jogadores que já vestiram esta camisa".
Várias das perguntas direcionadas a Carlos Eduardo tinham um objetivo: tentar perceber se ele se sente capaz de assumir a responsabilidade de ser a referência técnica do time em campo. Pelas respostas, percebe-se que o jogador chega com grandes ambições.
“Responsabilidade eu tive desde os 13 anos quando saí da minha casa (em Ajuricaba, interior do Rio Grande do Sul) e fui em busca do sonho de jogar futebol (ficou hospedado no alojamento do clube até subir para o time profissional). Sou um cara dedicado e vou treinar muito para dar conta do recado. Sou jogador versátil, posso jogar como segundo homem e também na articulação. Onde o treinador achar melhor, eu vou dar o meu máximo”, explicou o jogador, que deve ser utilizado mais no ataque devido à falta de opções do time para o setor.
Fonte: Terra