De janeiro a dezembro de 2013, a Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (SCDH) atendeu um total de 1.409 crianças e adolescentes vítimas de casos de abuso e exploração sexual em Fortaleza. Para ampliar os métodos de combate ao problema, que fica ainda mais grave durante os grandes eventos, como a Copa do Mundo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) criou o aplicativo Proteja Brasil, parte da campanha “Está em suas mãos proteger nossas crianças”. A intenção é evitar os casos de violência contra as crianças e adolescentes durante o Mundial.
De acordo com o representante do Unicef no Brasil, Gary Sthal, o Proteja Brasil é fruto de parceria entre uma empresa de Maceió, a Ilha Software, formada por quatro jovens, com o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Gary enfatiza o objetivo do aplicativo, que é facilitar a denúncia dos casos de qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes no Brasil. “A ideia do aplicativo é que ele não fique restrito à Copa, que possa perdurar e tornar-se um aliado do Estado no combate ao problema”, explica. Segundo ele, o programa foi testado durante a Copa das Confederações e foi aperfeiçoado ao longo deste ano. “O brasileiro precisa mudar sua mentalidade em relação à violência contra as crianças. Ele precisa parar de achar natural uma criança no sinal vendendo coisas, no lugar de estar na escola”, avalia.
O Proteja Brasil está disponível para download gratuito em Iphone ou celulares com sistema Android através da App Store e do Google Play. A partir da localização do usuário, ele identifica as instituições especializadas na proteção de crianças e adolescentes mais próximas e permite fazer a denúncia mantendo a pessoa em anonimato. Segundo Gary, 37 mil pessoas das principais cidades brasileiras já possuem o Proteja Brasil instalado no celular.
Saiba mais
Como Funciona
1. Faça o download do aplicativo em seu celular na App Store ou no Google Play.
2. Permita que o aplicativo acesse sua localização.
3. Selecione a instituição especializada na proteção de crianças e adolescentes mais próxima de você e faça sua denúncia e mantenha-se anônimo.
