sábado, 30 de março de 2013

Mano é procurado, mas diz não ao Palmeiras

Horas antes de assegurarem a permanência de Gilson Kleina, que comanda neste sábado o Palmeiras contra o Linense, às 18h30, dirigentes do clube sondaram Mano Menezes. O estafe do gaúcho, demitido da seleção brasileira no fim do ano passado, ouviu duas perguntas objetivas: o treinador teria interesse em assumir o comando do Verdão? Qual salário ele gostaria de ganhar?

A primeira resposta serviu para as duas questões. Mano disse, por meio de um de seus representantes, que não vai assumir nenhum clube até o fim dos campeonatos estaduais, em maio. Afirmou ter projetos pessoais que o impedem de trabalhar neste momento. Pela mesma razão, ele já havia se recusado a conversar com o Flamengo, outro a sondá-lo, antes de Dorival Júnior cair.

Dirigentes alviverdes ficaram com a sensação de que Mano não tem a intenção de treinar o Palmeiras, possivelmente, por causa da fragilidade do elenco atual e da escassez de investimentos. Além disso, acham difícil o técnico aceitar outro convite de um time rebaixado para a Série B. Mano já viveu duas experiências bem-sucedidas na Segundona, com Grêmio (2005) e Corinthians (2008).

Fica até quando?/ Segundo pessoas ligadas ao treinador, campeão estadual e da Copa do Brasil em 2009 pelo Timão, o projeto dele é trabalhar na Europa no segundo semestre.

A sondagem, confirmada por duas fontes diferentes, prova que Kleina ainda balança, a despeito de o presidente Paulo Nobre ter dito, na última quinta-feira, que o planejamento está sendo cumprido. Como o DIÁRIO revelou na edição de 18 de março, aliados de Nobre querem a cabeça do treinador, acusado de fazer substituições burocráticas e ter pouco conhecimento sobre o mercado do futebol.

Pesou para a permanência dele o valor de sua multa rescisória, estimada em R$ 1,35 milhão, e a situação financeira pela qual o Palmeiras passa. Recente levamento feito pela atual gestão apontou dívidas vencidas na casa dos R$ 45 milhões.