sábado, 30 de março de 2013

Com trama sem sentido, "GI Joe: Retaliação" traz fogo e patriotismo


Chame da forma que preferir: Falcon, Comandos em Ação ou G. I. Joe. Mas o filme "G.I. Joe: Retaliação", protagonizado por personagens inspirados nos bonecos que fizeram a alegria de muitos meninos desde os anos de 1960 não faz o menor sentido, assim como o anterior, "G. I. Joe: A Origem de Cobra" (2009).

A trama é uma mera desculpa para explosões, perseguições e uma boa dose daquela velha ideologia da supremacia americana que o gênero tanta gosta de vender. O filme estreia em cópias dubladas ou legendadas, e também nos formatos convencionais e 3D.

Novamente, os Joes lutam contra Zartan (Arnold Vosloo), que tem uma tecnologia capaz de transformar emprestar à própria face as feições que quiser. O vilão sequestra o presidente dos EUA (Jonathan Pryce), tomando o seu lugar sem que ninguém desconfie. Seu plano é acabar com o esquadrão e dominar o mundo.

Depois de uma emboscada, quando praticamente toda a equipe morre - incluindo o protagonista do primeiro filme (Channing Tatum) -, os três sobreviventes se passam por mortos. Eles são Roadblock (Dwayne Johnson), Jaye (Adrianne Palicki) e Flint (D.J. Cotrona). Para lutar contra o inimigo e defender a pátria, o trio procura o General Joe Colton (Bruce Willis), idealizador dos G. I. Joes.

Já o próprio Cobra está mantido dentro de um tanque numa prisão de segurança máxima debaixo da terra. A chegada de Storm Shadow (Byung-hun Lee) traz uma reviravolta à trama. O personagem é o nêmesis de Snake Eyes (Ray Park). Um flashback, que faz lembrar um momento de "Kill Bill - Volume 1", dá conta do passado da dupla.

Algumas poucas explicações servem para dizer a que os personagens vieram. Fora isso, "G. I. Joe: Retaliação" se concentra em explosões e perseguições. A subtrama envolvendo ogivas nucleares só parece existir para os Estados Unidos salvarem o mundo, como se o restante do planeta fosse o quintal deles.

Dirigido por Jon M. Chu ("Justin Bieber - Never say Never") é um passo além dos filmes baseados em jogos de videogame, o que prova não haver limites para Hollywood.